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SETE DE ABRIL : AMASETE adverte sobre a morosidade que prevê a reabertura apenas em 2020

SETE DE ABRIL : AMASETE adverte sobre a morosidade que prevê a reabertura apenas em 2020
10 abril
08:25 2018

Por Carlos Cogoy

Orçada em R$1.400.000,00, a restauração da cobertura do Theatro Sete de Abril ocorreu em 2012. Era a administração Fetter Jr e, no ano anterior, a Secretaria de Cultura havia elaborado e aprovado o projeto, bem como captado os recursos. Também em 2012 mas, em agosto, surgia a Associação Amigos do Theatro Sete de Abril (AMASETE). Atualmente presidida pelo pesquisador e suplente de vereador Daniel Barbier (PSol), a AMASETE observa a demora para a conclusão do restauro do prédio histórico. Transcorrido mais um 7 de abril – designa o Theatro, numa homenagem ao dia no qual o imperador D. Pedro I abdicou em favor do filho Pedro II em 1831 -, evidencia-se o longo restauro Sete de Abril adentro. E a previsão de reabertura, conforme a AMASETE, é para 2020. Mas, avalia diretoria da Associação, como a tônica tem sido a morosidade em decorrência de questões burocráticas, o prazo talvez não esteja plenamente assegurado.  As reivindicações, atos, mobilizações e reuniões junto ao poder público, têm marcado a trajetória da AMASETE. Mas o grupo questiona: “A comunidade local e o meio artístico, acreditam na importância do Theatro Sete de Abril para o desenvolvimento cultural de Pelotas? A AMASETE sozinha, sem a união de forças, não conseguiu modificar o andamento moroso do processo. E cabe a reflexão, por todos nós, do que queremos para o Theatro Sete de Abril. O abandono, a espera, ou as portas abertas imediatamente?”.

Associação também tem recorrido ao apoio do Legislativo

Associação também tem recorrido ao apoio do Legislativo

O QUE FALTA ? – Neste início de ano, quando Barbier assumiu mandato no Legislativo, houve a solicitação de informações à Secretaria Municipal de Cultura (Secult). Em reunião ao fim de fevereiro, o secretário Giorgio Ronna e arquitetos da Secult, explicaram sobre o andamento do processo. Conforme relato, a planilha orçamentária está sob análise do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), órgão que tem o dever de preservar a casa cultural. A direção do IPHAN, de acordo com os integrantes da Secult, assegura que estão garantidos os R$7 milhões para a segunda etapa. Já para a terceira etapa, que abrange as poltronas, caixa preta com os respectivos instrumentais e elementos, bem como a climatização, os recursos serão “captados concomitantemente ao andamento da obra”. A expectativa do titular da Secult é que, mediante a conclusão do processo e elaboração de licitação, o início da obra aconteça no segundo semestre deste ano. Porém, a equipe da AMASETE observa que o ano é eleitoral, o que poderá interferir no desdobramento das etapas: “Pensamos que, se o ano de eleição limita a liberação de recursos federais ao primeiro semestre, a licitação prevista para o segundo semestre, provavelmente desencadeará um rearranjo de prazos. Com isso, parece-nos que infelizmente a burocracia será de novo utilizada, para justificar a exagerada morosidade do governo atual”.

ECONOMIA DA CULTURA é atingida com o Theatro fechado. AMASETE menciona: “O Theatro Sete de Abril fechado afeta a economia de bens e serviços na economia da cultura. Impede que projetos públicos artísticos de médio porte, nas áreas de teatro, dança, circo e festivais, entre outros, sejam realizados. E são esses espetáculos que movimentam, em boa escala, o pequeno comércio, as empresas de luz e som, artistas, cenógrafos, costureiras e músicos. Além disso, o espaço também acolhe espetáculos de outras regiões do Brasil, principalmente de teatro que, em geral de porte médio, podem ser realizados sem grandes custos, o que proporciona ingressos mais acessíveis. Já em relação ao turismo, é por demais trágico quando se pensa que, muito do que se vende de Pelotas, é seu centro histórico, porém, sem acesso ao maior ícone arquitetônico e artístico. Com trajetória de 184 anos, o Sete de Abril está fechado há oito e sem manutenção há décadas”

AMASETE arte 2Ações da AMASETE

Na trajetória da AMASETE que tem, entre os princípios, apoiar as atividades afins do Theatro Sete de Abril, houve inúmeras ações para ressaltar a necessidade de zelo com o patrimônio da comunidade. No legislativo, a equipe menciona o apoio dos vereadores Fernanda Miranda (PSol), Ivan Duarte (PT), e Marcus Cunha (PDT), bem como assessores técnicos e jurídicos. Além disso, o grupo menciona: reuniões com o ex-prefeito Eduardo Leite, periodicamente com o secretário Giorgio Ronna (Secult); entrega à prefeita Paula Mascarenhas, do abaixo-assinado “Sete anos sem o sete”; audiência pública na Câmara Municipal; campanhas institucionais desenvolvidas pela Moviola Filmes; manifesto impresso que foi distribuído nos 184 anos do Theatro. A equipe critica: “Por certo, não foram suficientes para mudar a inércia do meio cultural e artístico de Pelotas, que ‘parece’ não ter percebido que a burocracia está sendo utilizada para responder a uma ação lenta e, não tão comprometida com a urgência da abertura das portas do Theatro para a comunidade cultural local”.

DIRETORIA reúne Daniel Barbier (presidente), vice Annie Fernandes, diretor financeiro Haroldo Campos, administrativo Ana Lucia Alt. Conselheiros: Diego Carvalho (teatro); Daniel Amaro (dança); Daniela Moreira (música); Paulo Gaiger (patrimônio cultural). Conselho fiscal: Claudio Peng (presidente); José Carlos Soares; Maria da Conceição; Charlie Rayné; Theatro Sete de Abril.

 

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