Diário da Manhã

Por: Marcelo Nascente

Em nova análise feita nas últimas semanas ao inquérito policial referente ao desaparecimento da professora Cláudia Hartleben – ocorrido em nove de abril de 2015 – o Ministério Público verificou a falta de dois laudos periciais solicitados ao Instituto Geral de Perícias (IGP/RS).

O promotor responsável pelo caso, José Olavo Passos, já solicitou à justiça o acesso aos documentos e aguarda o recebimento destes, para dar prosseguimento em suas ações em busca de uma nova denúncia, que aponte materialidade e autoria de um crime no caso da professora da UFPel.

CLÁUDIA, desaparecida
Foto: Arquivo /UFPel

RELEMBRE – Na noite de 9 de abril de 2015, Cláudia Hartleben, 47 anos, professora da UFPel, desapareceu após ter jantado na casa de uma amiga e dirigido rumo à sua casa, na Zona Norte da cidade. Sua camionete estava na garagem, com as chaves na ignição. Suas pulseiras, notebook, roupas do dia e outros detalhes, analisados durante o processo, confirmam sua chegada em casa, de acordo com o Ministério Público.

As investigações também determinaram que o único a estar em casa, no horário da chegada da professora, seria o seu filho. Este alegou estar dormindo e não ter percebido a chegada da mãe.

O Ministério Público denunciou o filho e o ex-marido de Cláudia Hartleben, levando o caso até o Tribunal de Justiça do Estado (TJ-RS), quando teve o pedido negado pelos desembargadores por ausência de materialidade e comprovação de autoria que sustentassem denunciar ambos.

De posse, novamente, do inquérito policial, o MP pode analisá-lo e detectar aspectos que possam ajudar a desvendar o caso, como a ausência destes dois laudos periciais os quais o promotor José Olavo já solicitou acesso e pelos quais aguarda para decidir o próximo passo do Ministério Público.