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CPI DA FERNANDO OSÓRIO : Relator diz que projeto e obra foram mal feitos

29 maio
11:12 2014

O depoimento da arquiteta Daniela Tunes, na CPI da Avenida Fernando Osório, foi fundamental para que o relator, vereador Marcus Cunha (PDT) considere que “o desastre” em que se transformou a revitalização daquele espaço, seja “o resultado de um conjunto de elementos, como defeitos no projeto e a péssima mão-de-obra do consórcio”. Daniela integra a equipe da Unidade Gerenciadora de Projetos, UGP, da Prefeitura, e, conforme explicou, ajudou o colega responsável pela fiscalização da obra de pavimentação da avenida. Mas, deixou claro, diversas vezes, não ser responsável pelo projeto de pavimentação, mas pelo projeto urbanístico.

ARQUITETA Daniela Tunes ouvida na CPI Foto/Assessoria Câmara

ARQUITETA Daniela Tunes ouvida na CPI
Foto/Assessoria Câmara

“Especialmente na área em frente à Faculdade Anhanguera, o projeto deveria ter levado em conta a questão da pedra lisa, do grande tráfego de veículos pesados e da frenagem dos ônibus”, afirmou o relator, salientando que, depois da licitação, as empresas consorciadas não deveriam ter aceitado fazer a obra se estava com problemas.

Questionada sobre qual material ela usaria para pavimentar o trecho em frente à Faculdade, a arquiteta Daniela Tunes disse que “tiraria o asfalto, que não para na pedra e colocaria concreto, ou deixaria mesmo a pedra”.

“A própria arquiteta disse que acharia adequado colocar concreto, o que comprova os defeitos no projeto”, salienta Marcus Cunha. Além disso, ela afirmou, ao ser questionada, que a mão-de-obra do consórcio era péssima. Segundo a profissional, não adianta comprar um excelente material se o pedreiro que é contratado para fazer a casa é péssimo.

Por outro lado, a arquiteta também afirmou que, ao ser entregue parcialmente, a obra estava “em perfeitas condições, depois é que os defeitos apareceram.”

INIDÔNEOS  –  O vereador Marcus Cunha informou ter encaminhado documento à Prefeitura para que as empresas consorciadas sejam incluídas no Cadastro de Empresas Inidôneas, impossibilitando que possam concorrer  nos processos licitatórios do Poder Público Municipal relativos à mobilidade urbana, para os quais o município receberá  R$ 100 milhões.

Cunha também já conversou diretamente com a secretária de Gestão, Josiane Almeida, a quem pediu que os engenheiros responsáveis pelo projeto da Fernando Osório e a fiscalização da obra, Lélio Brod e Raul Odone, não façam parte das obras de mobilidade urbana de Pelotas. Integrantes da equipe da UGP,  os dois saíram da Unidade assim que as obras foram concluídas.

Mas, o vereador disse ter recebido como resposta da secretária que, depois de terem deixado a UGP, os dois foram contratados pela empresa Incorp Consultoria & Assessoria Ilimitada, que já assinou contrato com a Prefeitura, para elaboração de projetos executivos de reestruturação da mobilidade urbana, orçado em cerca de R$ 1,5 milhão que inclui intervenção arquitetônica, estrutural, pavimentação asfáltica e drenagem em ruas e avenidas da cidade.

“A secretária me disse que poderia conversar com a empresa, mas a decisão é dos seus diretores”, explicou o parlamentar.

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