Em frente ao Palácio Piratini, educadores decretam greve até sexta-feira
Mais de 3 mil educadores lotaram a Praça da Matriz, em Porto Alegre, durante a Assembleia Geral do CPERS. Diante do Palácio Piratini, professores e funcionários de escola deram a resposta aos constantes parcelamentos de salários impostos pelo governo Sartori: greve até a próxima sexta-feira (04), quando será realizada nova Assembleia, às 13h30, em primeira chamada, e às 14h, em segunda chamada, na Praça da Matriz.
Até lá, a orientação do Sindicato é a de que sejam realizadas mobilizações por todo o Estado para denunciar o desrespeito do governo com os educadores e a educação pública.
“Sartori continua parcelando os nossos salários mesmo após a decisão do Tribunal de Justiça, que o proibiu de fazer isso. Age como um rei absolutista. Tem a cara de pau de querer que a gente peça licença para nos manifestarmos, comunicando com 30 dias de antecedência nossas ações. Nota-se que este governo não conhece o CPERS e seus aguerridos educadores. Nós fizemos a luta na ditadura, não é agora que vamos nos curvar”, afirmou a presidente do CPERS, Helenir Aguiar Schürer.
Categoria atendeu ao chamado do CPERS e lotou a Praça da Matriz
Logo após o anúncio do valor do depósito de R$ 650,00, equivalente a primeira parcela dos salários, na última sexta-feira (29), o Sindicato iniciou a mobilização dos educadores para a Assembleia Geral. A categoria respondeu e veio em massa para a Praça da Matriz. “Que baita orgulho dessa categoria. Em uma mobilização de apenas dois dias, estão aqui mais de 3 mil professores e funcionários de escola. Olhe bem este cenário, governador, e veja a força dos educadores gaúchos”, declarou Helenir.
A força da mobilização dos educadores fez com que a Assembleia Legislativa não realizasse nenhuma votação nesta terça-feira.
A partir desta quarta-feira (02), serão desenvolvidas atividades como passeatas luminosas, panfleteações, varal do contracheque, entre outras manifestações, para denunciar à população os ataques do governo Sartori e seus aliados contra os educadores gaúchos e a educação pública.
Confira as propostas de mobilização aprovadas:
1. Deflagrar greve, com a realização de nova Assembleia Geral, no dia 04 de agosto, às 13h30, na Praça da Matriz;
2. Realizar Audiência Pública contra a Criminalização dos Movimentos Sociais;
3. Definir como eixos de Luta:
3.1. Contra o Ajuste Fiscal: Reforma da Previdência e PECs que fazem parte do pacote de Maldades do Governo Sartori, para assegurar nenhum Direito a Menos;
3.2. Lei Kandir: Cobrar os 48 bilhões que o Governo Federal deve repassar ao RS;
3.3. Contra o parcelamento salarial;
3.4. Fora Temer/Fora Sartori.
4. Unificar a Luta com os municipários, na terça-feira (01/08/2017): caso não haja votação de PECs, na Assembleia Legislativa do Estado, participar do Ato dos Municípários, às 16h30min, em frente a Prefeitura Municipal;
5. Participar do Ato Público do Fórum em Defesa da Previdência, na terça-feira (01/08/2017), às 17h, na Esquina Democrática;
6. Realizar ações nas Câmara Municipais, para que os vereadores se posicionem em defesa dos trabalhadores e contra as políticas de retiradas de direitos dos governos Federal e Estadual;
7. Montar varal com contracheques, expondo os salários dos (as) professores (as) e funcionários (as), esclarecendo a população sobre o que representam os salários frente ao que é dado de incentivo fiscal (9 bilhões por ano) e sonegação (7 bilhões por ano) no Estado do Rio Grande do Sul;
8. Moção de solidariedade às professoras Katiele e Larissa, do município de Canoas, que foram colocadas à disposição por defenderem um aluno do 5º ano que foi agredido pela polícia dentro da Escola Davi Canabarro.