ESTELIONATO : Com propostas atrativas, “financeiras” têm lesado clientes na cidade
Com o objetivo de realizar empréstimo no valor de R$10 mil, homem ligou para financeira e solicitou a quantia. Ele foi informado que o valor seria creditado numa agência bancária, e os juros seriam de 1,35% ao mês. De acordo com a negociação, o cliente assumiria sessenta parcelas mensais de R$225,00, sendo que a primeira com vencimento a 10 de novembro deste ano. Uma atendente pediu à vítima que enviasse cópias da Carteira de Identidade, CPF, mencionasse o endereço profissional, e ainda remetesse uma fotografia. Assim, seria encaminhado o contrato de crédito.
PREJUÍZO – A negociação parecia transcorrer sem alterações, porém, conforme o registro da vítima na Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA), nesta semana, um interlocutor da financeira alegou que seria necessário valor referente a uma taxa de seguro. A vítima então tratou de efetuar o depósito no valor de R$500,00, quantia designada pelo atendente. Mas, pouco tempo depois, outro funcionário solicitou quantia para liberação do empréstimo. A taxa, no valor de R$399,98, também foi depositada pela vítima.
GOLPE – Quando a vítima considerava que o trâmite estivesse resolvido, houve nova comunicação. E a orientação era para que, numa outra conta bancária, depositasse a quantia de R$299,98. A vítima, no entanto, desconfiou que poderia ser um golpe. Assim, não enviou a quantia, e foi à delegacia pois, como repassou informações pessoais, suspeita que os dados poderão ser usados para ações criminosas dos estelionatários.
CONSIGNADO – Nesta semana na DPPA, noutro registro envolvendo financeira, a vítima é homem de 57 anos. Ele foi à delegacia pois, após receber inúmeras mensagens de um funcionário de financeira, que oferecia crédito consignado de R$25.640,00, aceitou a proposta. De acordo com a oferta, o pagamento seria em 48 parcelas de R$730,00. A vítima interessou-se, e o atendente solicitou foto do RG ou CNH, comprovante de endereço, e selfie sob a justificativa de que seria para o banco fazer o reconhecimento.
INSS – No decorrer da negociação, a vítima foi informada que havia sido feita solicitação ao INSS, e logo que fosse liberada a operação, seria efetuado o depósito, e também o link com o contrato para reconhecimento digital. Mas a expectativa frustrou-se, pois, de acordo com o funcionário da financeira, a CEF recusou a transação.
PLANO B – O atendente então sugeriu que faria contato com uma agência bancária, para concluir a operação. A vítima relata que recebeu SMS, que informava sobre um cartão sem anuidade. Porém, deveria acessar novamente o link do contrato, e conhecer a nova proposta. Como os juros eram maiores, a vítima não aceitou. Para sua surpresa, no entanto, numa de suas contas, houve o depósito indevido de R$25.677,89. No boletim de ocorrência, a vítima acrescenta que não aceitou, tampouco recebeu contrato do “empréstimo”.