Maior risco de punição contribuiu para redução de acidentes no RS
A redução da sensação de impunidade, com uma percepção maior do risco de ser pego em uma blitz de trânsito contribuiu significativamente para a redução histórica da acidentalidade no Rio Grande do Sul. O diagnóstico foi consenso entre os especialistas que participaram do 2º Seminário Estadual de Segurança no Trânsito, no Plenarinho da Assembleia Legislativa.
Promovido pela Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, o evento reuniu especialistas para debater o panorama do trânsito gaúcho, o papel dos Conselhos Estaduais de Trânsito (Cetrans) e as novas tecnologias para aferição do uso de drogas na condução do veículo (drogômetro).
A redução da acidentalidade no Rio Grande do Sul, de 20 para 16 óbitos a cada 100 mil habitantes/RS, foi tratada em todos os painéis. Horácio Mello, presidente do Fórum dos Conselhos de Trânsito do Brasil (Focotran) citou a experiência da municipalização, que no Rio Grande do Sul está muito à frente do resto do Brasil, com 94% dos municípios exercendo a gestão do trânsito. “No Brasil, hoje temos 4 mil municípios sem gestão de trânsito, onde não há nenhuma punição para as infrações de competência municipal”.