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REGGAE : Banda “Arquivo Rasta” de volta aos palcos

10 maio
09:14 2016

Quarta, pós 23h, tributo a Bob Marley no João Gilberto. Antecipados no JG, Studio CDs, Bar da Lua, Vapor Barato e Chopp do Mercado

Por Carlos Cogoy

Após a interrupção em 2004, quando encerrou o primeiro ciclo, a banda Arquivo Rasta ensaiou retorno em duas ocasiões. Na nova fase, no entanto, retomada está sendo considerada como definitiva. É o que garantem os músicos Alexandre “Black”, Eliezer e Rafa, remanescentes da primeira formação ao final da década de noventa. Para ressaltar o retorno aos palcos, a banda neste mês apresentou-se no projeto “Sofá na Rua”, amanhã apresentará tributo a Bob Marley no João Gilberto – participação do DJ Micha -, e dia 22 participará da Calourada da UFPel. Entre os projetos, gravação de disco com doze faixas, e shows em Bagé, Camaquã, Cassino e Porto Alegre. Em destaque, a inscrição da música “Regueiro brasileiro” no WebFestValda no Rio de Janeiro.

Grupo “Arquivo Rasta” tocou no projeto Sofá na Rua neste mês

Grupo “Arquivo Rasta” tocou no projeto Sofá na Rua neste mês

FORMAÇÃO atual, além de “Black”, Rafa e Eliezer, conta com Tom Neves (voz), Le Échec Dipa (teclado e sampler), Dhyan Diano (bateria), David Barcelos (trompete), Estevão Pereira (trombone), Leonardo Pereira (teclados). No repertório, versões para “Easy” de Lionel Richie, “Could you be Loved” de Bob Marley, “Cristo e Oxalá” de O Rappa. Da primeira fase, o grupo interpreta “Ventos”. A banda acrescenta: “Das canções novas destacamos “Madrugada” (Rafa), “Deixa Chover” (Rafa e Eliezer), “Regueiro Brasileiro” (Rafa), “Em Cima do Muro” (Tom Neves), e “Olhar no Horizonte” que é do Geovane Corrêa da banda “Solo Fértil”, em parceria com Tom Neves.

HISTÓRIA – Alexandre Black rememora sobre etapas do Arquivo Rasta: “Gravamos o primeiro disco ‘Existência’, no estúdio do Hélio Mandeco em Pelotas. Já o segundo disco foi gravado no estúdio Transversal em Porto Alegre. Moramos um ano na capital gaúcha, e nessa época trabalhávamos com a produtora MS2. Tocamos nas melhores casas de show e reggae, como Opinião, Território da Paz, Araújo Viana, Manara, Meketreff. Em Rio Grande tocávamos direto no famoso ‘Café do México’. Já na praia do Cassino, vários shows em locais como ‘Larus’, ‘Bauhaus’, ‘100 Juízo’. Na região, ‘Arquivo Rasta’ esteve se apresentando em Canguçu, São Lourenço do Sul, Jaguarão, Santa Vitória do Palmar, Camaquã. Também participamos da final do paredão Polar da rádio Atlântida, fizemos ‘Aldeia Atlântida’, tocando no palco principal e abrindo show do Armandinho. Ao final de 2004 paramos a banda pois, por mais que gostássemos de reggae, existia uma dificuldade financeira. Então alguns integrantes da banda procuraram fazer trabalhos paralelos que rendiam muito mais. E, com isso, aos poucos não foi mais possível conciliar”.

CONTEMPORÂNEO – Proposta da banda: “Um reggae contemporâneo, com influências de outras vertentes do reggae e até de outros estilos musicais. Então estamos dispostos ao reggae mais pegado, ressaltando uma proposta mais autoral para os shows”. Para ouvir o som da banda pelotense, acesse Palco MP3, SoundCloud e também o canal YouTube. Além da “fanpage”, contatos também podem ser feitos com Alexandre no fone: 8434.9027.

arquivo rasta logoOrigem da banda

A banda surgiu ao final dos anos noventa. Além de Pelotas, houve período em Porto Alegre. Sobre a origem, Alexandre “Black” menciona: “O grupo começou em setembro de 1999, tocando o primeiro show no dia 2 de novembro daquele ano. Na formação original, Rafael de Souza e Eliezer Balhego nas guitarras, Tony Ribeiro no vocal e Claudio no teclado. Eu tocava o baixo, e a bateria era com o Erico Soares, filho do jornalista e vereador Deogar Soares”.

EXISTÊNCIA – O baixista recorda sobre a origem: “A banda surgiu depois que eu, Erico e Eliezer, havíamos saído de uma banda de reggae. Nos olhamos e perguntamos se iríamos parar com o reggae. Na hora começamos a buscar um nome para a nova banda, e também quem iria fazer parte dessa família. Eu conhecia o Rafa, que já curtia o reggae, era compositor. Toni e Eliezer são irmãos. Toni era de banda de baile, e Eliezer começou no grupo ‘Reggai por nós’. O nosso primeiro disco demo chamava-se ‘Existência’ e tinha quatro faixas. É possível ouvi-lo online mas, como já faz um bom tempo, teria de ser feita busca pois não lembro o site.  Nosso estilo de reggae sempre foi de pegada, show pra cima, com mais pegada de bumbo e caixa, um show pra balançar mesmo”.

A cena do “reggae” em Pelotas 

A identificação com o reggae transcende o modismo e sucessos momentâneos. Trata-se de manifestação cultural com trajetória consolidada, e diferentes fases e vertentes.

Em relação ao reggae local, integrantes do Arquivo Rasta observam: A cena do reggae em Pelotas é restrita. São poucos os espaços, as casas de show e bares noturnos na cidade. Porém, nos últimos anos, o reggae tem atraído mais apreciadores. Muito em virtude do bom trabalho e qualidade de bandas que também integram o reggae pelotense. E citamos o Be Livin, O Reggae Daluta e Solo Fértil. O reggae está sim na contramão das grandes mídias, e é muito clara a preferência destas pelos estilos sertanejo e funk. Eles ocupam quase todos os espaços das grandes mídias e, por consequência, dos bares noturnos e casas de shows”.

CONSCIÊNCIA – “Nossa mensagem, no momento, vai para toda a população, para que fiquemos atentos ao momento político brasileiro, que é muito delicado. Não devemos nos dividir. Junto, o povo sempre foi e será mais forte. Opinião contrária não quer dizer inimigo, afinal o que seria do azul se todos gostassem do amarelo? Desejamos esperança e paz na vida de todos os irmãos”, salientam os músicos do Arquivo Rasta.

 

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