Cláudio Andrea avalia : “Nosso momento é extraordinário”
Cláudio Andrea destaca crescimento do clube, reprova críticas e defende união no Brasil: “Juntos somos mais”
A campanha no Campeonato Gaúcho de 2017, com o Brasil travando uma luta dramática para escapar do rebaixamento, abalou o entusiasmo dos rubro-negros, que andavam acostumados a festejar conquistas nos últimos cinco anos. A avaliação negativa não é compartilhada por quem observa a situação do clube além dos resultados de campo. “O Brasil estava vivendo um momento extraordinário”, define o presidente do Conselho Deliberativo, Cláudio Andrea.
Cláudio Andrea destaca “momento mágico do Brasil”
Com a experiência de mais de cinco décadas de participação na diretoria do clube, Andrea saúda os “sinais de adeus ao amadorismo” no Brasil. Ele cita, como exemplo, a negociação recente de patrocínio com a Caixa Econômica Federal, que exigiu a reunião de todas as negativas de pagamentos de tributos municipais, estaduais e federais. Essa é uma conseqüência da adesão ao Profut (Programa de Modernização e Gestão e Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro). “Estamos pagando R$ 180 mil por mês de parcelamento das dívidas fiscais com a União”, informa o presidente do Conselho Deliberativo. Resultado: o nome está limpo nos cadastros de adimplência.
PÉS NO CHÃO – Apesar do momento privilegiado, Cláudio Andrea ressalta que a diretoria executiva deve manter o modelo realista nos investimentos. “Devemos seguir com os pés no chão. O clube não pode gastar mais do que pode. Hoje, os salários estão em dia, com jogadores e funcionários. Em outros tempos, o mês tinha sempre mais do que 30 dias”, lembra o dirigente.
Outra conseqüência nesse “momento mágico” é a retomada do trabalho nas categorias de base. O Brasil retomando a vocação (perdida ao longo do tempo) de ser um formador de atletas. O dirigente ressalta também o avanço que é de o clube possuir um CT (centro de treinamento) – espaço que só foi garantido neste ano, assegurando pelo menos um campo suplementar. A negociação com uma empresa, que atuava no Parque Eólico, de Santa Vitória do Palmar, permite a compra de containeres, que formarão a estrutura de apoio no CT.
CRÍTICAS – Quando os resultados não são satisfatórios, as críticas aparecem – atualmente, ganham forma de protesto coletivo nas redes sociais – e o quadro social despenca. Depois de ter cinco mil sócios, o Brasil conta com aproximadamente 2.400 associados em dia. “Tudo depende do resultado. Se os resultados não forem bons, os críticos estão aí, e são geralmente aqueles que nunca se aproximaram do clube. Nunca entraram no ‘olho do furacão”, acrescenta Andrea.
“Minha missão, como presidente do Conselho, e reunir todos, juntos com a diretoria executiva, que faz um trabalho excelente. Devemos estar juntos, porque juntos somos mais”, completa.
