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Leocir Dall’Astra comanda Ypiranga no retorno à elite estadual

14 abril
09:39 2014

Em entrevista ao Diário da Manhã, técnico fala sobre a campanha vitoriosa do time de Erechim.

Leocir Dall’Astra está no Ypiranga desde 2012 e sequência deu certo

Leocir Dall’Astra está no Ypiranga desde 2012 e sequência deu certo

O Ypiranga de Erechim garantiu na última quarta-feira retorno à primeira divisão,  superando o Brasil de Farroupilha, no Colosso da Lagoa. A vitória por 2 a 0 – gols de William Ribeiro e Juninho Tardelli – valeu o titulo do primeiro turno da Divisão de Acesso a um clube de tradição e boa estrutura. O comando da equipe é de Leocir Dall’Astra, que há mais de dois anos está no Colosso Lagoa.

Uma campanha impecável. Foram nove vitórias, dois empates e apenas uma derrota. “Só perdemos para o Tupi, porque, já estávamos classificados, e poupamos todos os jogadores que vinham jogando”, esclarece Leocir Dall’Astra. O ataque marcou 20 gols e a defesa levou apenas sete em 12 partidas. A seguir, o treinador fala da redenção do Ypiranga:

DM – Quais as virtudes do Ypiranga nesta campanha de retorno à primeira divisão?

Leocir – Nada se consegue sem trabalho e comprometimento dos atletas. O conjunto se tornou muito forte, ninguém destoou. Desde o dia 6 de janeiro, quando nos apresentamos, estivemos sempre focados para subir para a primeira divisão. A parte tática também foi importante.

DM – Você está no Ypiranga desde 2012. Qual a importância da sequência do trabalho para chegar ao título do primeiro turno da Divisão de Acesso?

Leocir – Cheguei ainda no Gauchão e por pouco não conseguimos escapar do rebaixamento. Depois fizemos uma boa copinha e, no ano passado, chegamos até ao quadrangular final do Acesso, mas perdemos a vaga para o Aimoré. A continuidade deu certo

DM – Houve também manutenção do grupo do ano passado para a atual temporada?

Leocir – Permaneceu apenas um jogador do ano passado. O zagueiro Gonçalves. Como não jogamos nos segundo semestre e os nossos jogadores tinham um pouco de qualidade foram contratados por outros clubes. Tivemos que fazer um grupo todo novo.

William Ribeiro: pavio curto, mas decisivo no acesso do Ypiranga

William Ribeiro: pavio curto, mas decisivo no acesso do Ypiranga

DM – No seu time um dos destaques é o pelotense William Ribeiro. O que você pode falar dele?

Leocir – Está muito bem, mas é pavio curto. Duas vezes ele esteve com a mala pronta para ir embora. Consegui conversar com ele. Fui um pouco de pai, porque tenho um pouco disso. Sou um pouquinho de pai também. Mas sou muito exigente, o comando é comigo, mas amigo dos jogadores.

DM – O William Ribeiro vem marcado gols importantes – inclusive, o primeiro da vitória diante do Brasil/FAR, que assegurou a classificação…

Leocir – É atacante. Não é um atacante driblador. Ele não dribla. É velocista. O William já jogou de ala, de meia. Mas o diferencial do técnico é buscar a utilização do jogador da melhor maneira possível. Fui aprimorando uma forma do William jogar, explorando sua velocidade.

DM – Como repercutiu na comunidade de Erechim o acesso do Ypiranga?

Leocir – Não estamos invejando mais o Brasil e o Pelotas por suas torcidas. Aqui foi um show, que estado pôde ver pela televisão. Vinte mil pessoas no Colosso da Lagoa (no jogo final). A gente sai na rua e é parado para conversar, tirar fotos.

DM – Com a vaga assegurada na primeira divisão, quais são os planos para sequencia do campeonato/

Leocir – No futebol, o objetivo é ganhar sempre. Meu contrato com o Ypiranga vai até o final do campeonato. Até lá vou ficar no comando. Agora, nos primeiros jogos, vamos acalmar um pouco, mas em seguida, vamos retomar com tudo novamente. Os atletas que quiserem continuar vencendo, vão continuar conosco.

DM – Qual foi o investimento do Ypiranga para o Acesso?

Leocir – Foi em torno de 70 e poucos mil reais. Bem menos do que o Santa Cruz, o Riograndense. Por isso perdemos jogadores para eles. O investimento não é tudo. Eu subi com o Cerâmica em 2010, com 23 mil de investimento. Aqui nossa estratégia foi a seguinte: Não adianta encher o estádio de mulher bonita, que o torcedor não vem. São os resultados que trazem o torcedor para junto do time. E os resultados funcionaram como um fator multiplicador. A cada vitória, mais gente vinha ao estádio. 

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