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“ADORNO ZERO” : Lançada campanha para combater infecções hospitalares no HE

06 março
08:52 2018

O Hospital Escola (HE) da UFPel está tomando importante medida no combate às infecções hospitalares. Foi publicado, na última quinta-feira, o Memorando 02/2018 do Setor de Qualidade Hospitalar (SQH) que reforça a proibição do uso de adornos no Hospital para todos os profissionais, independente da função. O Memorando tem como base a Norma Regulamentadora número 32, de 2005, do Ministério do Trabalho e Emprego, que tem por finalidade estabelecer as diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos trabalhadores dos serviços de saúde e a Normativa 01/2017 da Superintendência que dispõe sobre as normas de segurança nas atividades assistenciais do HE.

A proibição deve ser observada para todo trabalhador do serviço de saúde, bem como daquele que exerce atividades de promoção e assistência à saúde exposto ao agente biológico, independente da sua função. São exemplos de adornos alianças e anéis, pulseiras, relógios, colares, brincos, broches e piercings expostos. Também estão proibidos gravatas e crachás pendurados com cordão.

OBJETIVO da campanha é evitar a infecção cruzada entre os pacientes

OBJETIVO da campanha é evitar a infecção cruzada entre os pacientes

A instituição da campanha “Adorno Zero” no HE foi uma necessidade detectada pelo Núcleo de Gestão da Qualidade, que faz parte do Sistema de Gestão da Qualidade Hospitalar (SGQH) e tem como uma de suas metas a padronização de condutas dos empregados e servidores do hospital, incluindo os ambulatórios e o Serviço de Oncologia. “Já diagnosticamos diversos pontos que precisam ser trabalhados em campanhas como esta e o adorno zero foi um dos mais importantes que identificamos, por isso foi o primeiro”, destacou a chefe do SQH, Gisele Betat de Freitas.

NORMATIVA

A NR 32 regra, além da proibição do uso de adornos, diretrizes como proibição do fumo, da manipulação de lentes de contato, consumo de alimentos e bebidas nos postos de trabalho, uso de calçados abertos, acesso ao refeitório usando jalecos, reencape e desconexão de agulhas desprotegidas, reutilização de embalagens de produtos químicos, dentre outros.

O descumprimento das normas deve ser reportado às chefias imediatas e incidentes devem ser comunicados ao serviço de Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (SOST). A Normativa do HE foi publicada em março de 2017, elaborada conjuntamente com as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA), Unidade de Vigilância em Saúde e SOST.

INFECÇÕES

De acordo com a médica infectologista do HE, Danise Senna Oliveira, o uso de adornos por profissionais de saúde aumenta a infecção cruzada entre os pacientes, visto que a contaminação destes pode durar de horas até meses, como nos casos da Klebsiella spp e da Clostridium difficille, respectivamente. “Sabe-se que profissionais de saúde são fontes importantes dentro da cadeia das infecções relacionadas a assistência à saúde. Portanto salienta-se a importância dessa campanha Zero Adorno”, explicou.

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