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HSBC atropela lei que regulamenta tempo de espera em filas bancárias

10 março
17:39 2014

Quem não é correntista do banco chega a esperar até 50 minutos para ser atendido

Os mais jovens sentam no chão, brincam com os joguinhos dos aparelhos celulares ou tablets; outros andam para um lado e outro. O tempo passa, e cada vez chega mais gente. Não há filas, nem bancos suficientes para os que esperam. Em minutos forma-se um aglomerado de pessoas no saguão em frente aos caixas, todos com uma senha na mão, à espera do atendimento que chega a demorar até 50 minutos. Algumas pessoas desistem, vão embora e voltam mais tarde. E tornam a enfrentar o problema. Em pé.

AGÊNCIA do HSBC dá exemplo de descumprimento à lei; população  fica à mercê de fiscalização inócua

AGÊNCIA do HSBC dá exemplo de descumprimento à lei; população fica à mercê de fiscalização inócua

“Saí, voltei e continua essa demora”, reclama a professora Telma Rodrigues, enquanto conta os minutos pós-retorno. “Já estou há quase 15 minutos e meu número ainda está longe de ser chamado, mas preciso esperar pois preciso descontar um cheque”, conforma-se.

Esta tem sido a rotina de quem precisa de atendimento nos caixas da agência centro do Banco HSBC em Pelotas. Os operadores dos caixas tentam de todas as formas amenizar o “sofrimento” das pessoas que ficam em pé durante vários minutos à espera do chamamento ”digital” para serem atendidos. Alguns funcionários do banco engrossam as reclamações: “O serviço está aumentando, mas o número de funcionários continua o mesmo”, diz um dos caixas, na frente de um anúncio institucional que “orgulhosamente” informa o tempo de atendimento, entre 20 e 30 minutos, enquanto a realidade atual está bem distante.

POR CONTA – Em Pelotas é fácil descumprir leis. Difícil é encontrar quem as faça serem cumpridas. A Reportagem do Diário da Manhã tentou em vão contato com a gerência do HSBC, na agência e via telefone. Quando a ligação é atendida, o interlocutor diz que vai passar para alguém responsável, mas o telefone continua chamando, chamando, até a ligação cair.

Tentamos contato com algum setor de fiscalização da prefeitura. Piorou. A demora no atendimento assemelha-se a do HSBC. Após “peregrinação” telefônica por diversos setores da Administração Municipal, voltamos ao ponto zero. Ninguém sabe quem fiscaliza, mesmo no Fala Pelotas. A própria Lei Municipal 5.180/2005, que “regulamenta o tempo máximo para atendimento do público” é desconhecida.

Uma nova versão da Lei, criada pela Câmara Municipal em janeiro de 2014, sob o número 6.069, “diz que o tempo “razoável para atendimento em dias normais é de 15 minutos; do 1º ao 5º dia útil de cada mês não pode ultrapassar 20 minutos”. As multas previstas em caso de descumprimentos são “pesadas”, mas isso parece não assustar os gestores bancários. É o caso do HSBC, que parece pouco interessado no bem estar dos que dependem dos seus serviços e não são correntistas.

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