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PRONTO SOCORRO E HUSFP : Técnicos em Enfermagem decidem entrar em greve

PRONTO SOCORRO E HUSFP : Técnicos em Enfermagem decidem entrar em greve
10 junho
14:32 2014

Protesto, por tempo indeterminado, é pelo não pagamento do piso salarial regional para a categoria

Categoria protesta pelo não recebimento do piso salarial regional e paralisa serviços por tempo indeterminado.

PRESIDENTE do SindiSaúde (D) coordenou a assembleia que deflagrou a greve  FOTO: Nilson Soares/Especial DM

PRESIDENTE do SindiSaúde (D) coordenou a assembleia que deflagrou a greve
FOTO: Nilson Soares/Especial DM

Numa assembleia ao ar livre, em frente ao Pronto Socorro de Pelotas (PSP), no inicio da tarde desta terça-feira (10), os trabalhadores técnicos em Enfermagem do PSP e do Hospital Universitário São Francisco de Pelotas (HUSFP) decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. Eles reivindicam o pagamento à categoria do Piso Salarial Regional instituído pela Lei Estadual 14460/2014, de 16 de janeiro deste ano. Até o momento, segundo informações do Sindicato dos Trabalhadores em Serviços de Saúde (SindiSaúde) de Pelotas, apenas a Fundação de Apoio Universitário(FAU) está cumprindo o que determina a Lei no seu artigo 1º Inciso V, quando diz que “o piso de R$ 1.100,00 será pago aos trabalhadores técnicos de nível médio, tanto em cursos integrados, quanto subsequentes ou concomitantes”.

A decisão de entrar em greve havia sido tomada, inicialmente, em assembleia no mês de maio, seguida de caminhada pelas ruas centrais da cidade com o objetivo de informar à população sobre a possibilidade de uma paralisação dos serviços. Na quinta-feira da semana passada os trabalhadores das duas instituições médico-hospitalares decidiram pela greve, deflagrada nesta terça-feira. Juntos, os quadros funcionais, trabalhadores técnicos em Enfermagem, das duas instituições, somam cerca de 400 trabalhadores.

“Não estamos pedindo esmola, estamos lutando por nossos direitos”, dizia uma “indignada manifestante que acabara de sair do seu plantão no HUSFP, antes de se juntar aos trabalhadores que faziam ato de protesto em frente ao Pronto Socorro. Por vezes, o trânsito da rua Barão de Santa Tecla era interrompido, sem transtornos aos motoristas.

O presidente do SindiSaúde, Luciano Viegas, tem opinião semelhante a da manifestante: “Os trabalhadores estão reivindicando o que lhes é de direito. A Lei está clara, o pagamento do piso regional é uma obrigação dos gestores e nós estamos apenas querendo que ela seja cumprida”, observa.

Ainda de acordo com o sindicalista, alguns setores do HUSFP e PSP serão afetados apenas parcialmente com a greve. A UTI do hospital, por exemplo, terá 80% dos seus trabalhadores técnicos em atividade. Os serviços dos técnicos em Enfermagem do Pronto Socorro, no entanto, ficarão limitados.

“A categoria está reivindicando de forma responsável, e em momento algum nossa intenção é prejudicar a população. Quem não está pensando na população são os gestores, que não valorizam nem respeitam os direitos dos trabalhadores”, conclui o presidente do SindiSaúde.

A REPORTAGEM do Diário da Manhã tentou em vão, na tarde desta terça-feira, contato com os gestores do Pronto Socorro e do HUSFP. A direção do Hospital ficou de fazer contato ao final de reunião, mas até o fechamento desta edição não recebeu retorno.

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