GENERAL NO COMANDO : Bolívar é o novo técnico do Brasil
Ex-zagueiro que marcou época no Internacional chega ao Xavante após passar pelo Cianorte
Por: Henrique König
O clube de raízes militares em Pelotas é o Farroupilha, mas Bolívar, o general, como marcou época no Internacional, é o novo treinador do Grêmio Esportivo Brasil. Nome mais visado entre as opções com a saída de Rogério Zimmermann, Fabian Guedes, o Bolívar não titubeou em aceitar o convite do presidente Ricardo Fonseca.
A semana é mais do que agitada no Xavante pelotense. O clube descobriu a saída de Rogério Zimmermann do cargo de técnico na segunda-feira e prontamente chamou um substituto. Além de RZ, o executivo de futebol Carlos Kila também saiu e o presidente Ricardinho precisou de contatos com o ex-presidente colorado Fernando Carvalho na intermediação da negociação. Carvalho e Bolívar, além dos tempos de Internacional, estavam juntos no Ciarnorte, clube que recebe apoios do ex-mandatário do Inter e estava na disputa da Série D.
Bolívar trabalhou no Novo Hamburgo durante o Campeonato Gaúcho 2019 e seguiu sua estrada no Cianorte. O desafio no Xavante é o maior na sua curta carreira de técnico. Junto a Bolívar, chegam para comissão técnica o ex-lateral Patrício, conhecido pelo Grêmio, e Jeferson Ramos, analista de desempenho.
Vale a lembrança de que Bolívar atuou com a camisa xavante no ano de 2002, isto antes da notória passagem como zagueiro do Internacional campeão de Libertadores, inclusive como capitão em 2010.
Zimmermann sobre a saída
Na manhã de terça, no Hotel Curi, Rogério Zimmermann abordou as referências do encerramento de sua quarta passagem no Xavante. O principal motivo foi elencado: a promessa não cumprida de salários em dia. Com o atraso salarial, os atletas do Brasil fizeram duas paralisações: 28 de junho e 2 de julho. A ausência de um projeto sólido também contribuiu para a saída do técnico. Esteve descontente com o ciclo de antecipar receitas de Estadual e Série B e o time não apresentar crescimentos de investimento.
O encerramento precoce da quarta Era Zimmermann expõe a gestão Ricardo Fonseca como ainda não havia ocorrido. Acumulam-se assuntos de atrasos salariais, paralisação de atletas, saída de dirigentes, manutenção das arquibancadas móveis e o não haver o devido investimento no CT.