INEFICIENTE : Falta de ataque reduz culpa de técnico
Alguns torcedores do Brasil acreditam na solução mágica: basta trocar de técnico que os problemas da equipe serão resolvidos na Série B do Campeonato Brasileiro. É verdade que Gilmar Dal Pozzo não tem resultado. O aproveitamento é inferior ao de seu antecessor. Desde que assumiu o comando do time, o Xavante se manteve na zona de rebaixamento – exceto à apenas duas rodadas, quando conseguiu ficar fora do Z-4.
Clemer dirigiu o Brasil em 11 rodadas. Foram apenas duas vitórias, quatro empates e cinco derrotas. Saiu com o aproveitamento de 30,3%. Por duas rodadas, o time esteve no Z-4. Já Dal Pozzo ganhou duas vezes, empatou seis e perdeu quatro jogos. O aproveitamento dele é de 26%. A outra vitória da equipe rubro-negra na competição foi conquistada com o interino Gustavo Papa.
ATAQUE – Na entrevista coletiva pós-jogo na segunda-feira, Dal Pozzo pediu que fosse feita uma análise se o “problema era o Clemer, se é do Gilmar ou tem outra situação”. O ataque aparece no centro da discussão. O atual treinador lembrou que está dirigindo a equipe há 12 partidas. Nesse período viu apenas um gol de atacante: Lourency na derrota de 2 a 1 para o Guarany em Campinas.
Luiz Eduardo não marca gol desde o dia 24 de janeiro. Fez apenas três na temporada, justamente nas primeiras rodadas do Gauchão. Michel colocou a bola na rede em apenas uma oportunidade: segunda rodada desta Série B contra o Avaí, em Florianópolis. Leo Bahia é mais um atacante de apenas um gol. Ocorreu no dia 2 de março, quando o Xavante foi derrotado por 2 a 1 para o Novo Hamburgo no Estádio do Vale.
Os últimos quatro gols saíram em consequência de bola parada e marcados por defensores: Leandro Camilo (dois), Rafael Dumas e Zé Augusto. Isso mostra que a única chance de sair gol é nas cobranças de falta ou escanteio de Pereira, quando os zagueiros e os volantes estão posicionados na área adversária.