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Moradores do Getúlio Vargas participam de projeto habitacional. Mais de 160 famílias já foram registradas para concorrer a iniciativa

Moradores do Getúlio Vargas participam de projeto habitacional. Mais de 160 famílias já foram registradas para concorrer a iniciativa
05 abril
08:49 2022

Dezoitos servidores da Prefeitura atenderam 164 famílias do bairro Getúlio Vargas, pré-selecionadas para concorrer a uma das 250 casas financiadas pela parceria entre a Prefeitura e o governo do Estado. A ação foi realizada na quarta (30) e quinta-feira (31), na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Mario Meneghetti.

Conforme o projeto, cada uma das casas terá entre 40 e 42m², divididos em dois quartos, sala, cozinha e banheiro, e está orçada em R$ 98,8 mil. Elas serão construídas nos terrenos onde as famílias já residem. O investimento total será de R$ 24,7 milhões, sendo R$ 19 milhões pagos pelo governo gaúcho e R$ 5,7 milhões pelo Município.

Prefeitura realiza o cadastro social dos moradores do bairro nesta semana

Para garantir a transparência do processo da seleção das famílias que serão beneficiadas até a entrega das residências, na qualificação habitacional em Pelotas, a Administração Municipal e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgaram uma parceria na semana passada.

De acordo com o titular da Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (SHRF), Ubirajara Leal, 200 famílias foram selecionadas para fazer o cadastro social, uma das etapas do processo que definirá os beneficiados no Getúlio Vargas, Vila Farroupilha e Estrada do Engenho. Dessas famílias, 36 não compareceram nos dias marcados e as assistentes sociais da equipe procurarão cada uma delas para saber o que houve e tentar fazer os cadastros.

Leal explica que existe um grande déficit habitacional em Pelotas, e para suprir seria necessário a construção de 13,8 mil novas habitações e a requalificação de outras 20 mil, que estão em condições precárias. Por isso, o projeto precisou incluir critérios para a definição das famílias mais vulneráveis, nas áreas que serão beneficiadas no primeiro momento. Entre eles está a condição da casa, a renda familiar, residir no local, nunca ter sido beneficiado com programas habitacionais e seus terrenos serem regularizados ou estarem em processo de legalização. Também será considerada a presença de crianças, idosos e pessoas com deficiência, e a chefe da família ser uma mulher.

A dona de casa Carmem Lúcia da Rosa de 63 anos é uma das cadastradas e que espera ser contemplada pelo programa habitacional. Ela conta que mora no Getúlio Vargas há mais de 20 anos e que vivia com bastante dificuldade em sua casa, mas conseguiu fazer alguns reparos na moradia recentemente, com a colaboração de uma comunidade religiosa, e agora aguarda as próximas etapas do processo habitacional. Quando perguntam como seria a casa dos sonhos dela, a resposta é simples e objetiva: “Só quero ter um lugar onde dormir dignamente, uma casa simples, que não chovesse dentro”.

Mônica Rodrigues de 25 anos tem um filho de sete anos e está grávida de gêmeos. Há cerca de oito meses a irmã e o sobrinho, hoje com um ano, foram morar com ela, por isso Mônica diz que gostaria de ser beneficiada pela construção. Assim ela mudaria para a casa nova com os filhos e a irmã ficaria com o sobrinho onde elas moram atualmente.

A equipe da SHRF está fazendo o levantamento das construções e o perfil socioeconômico das famílias, nas três áreas. Após será verificada a regularidade dos terrenos – se são regulares ou se é possível a regularização, seguido de divulgação das famílias beneficiadas e licitação das empresas que farão as obras. A expectativa é de que as obras comecem no segundo semestre deste ano e o prazo para conclusão é de até 24 meses.

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