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quarta, 08 de maio de 2024

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TÉCNICOS DO GAUCHÃO : Confira quem comandará cada equipe neste Gauchão

09 janeiro
09:24 2017

O Brasil é Zimmermann

Rogério Zimmermann é o técnico com mais tempo de clube no futebol do Rio Grande do Sul. Há quatro anos e sete meses no comando da equipe do Brasil nesta segunda passagem pelo clube (antes treinou o Rubro-Negro de janeiro de 2004 a janeiro de 2006), o treinador enfrenta um grande desafio: remontar o elenco de jogadores. Catorze atletas (seis deles foram titulares do time de 2016) deixaram o Bento Freitas nesta virada de ano.

Rogério Zimmermann irá comandar o Brasil na quarta edição seguida do Gauchão: prestígio inabalado

Rogério Zimmermann irá comandar o Brasil na quarta edição seguida do Gauchão: prestígio inabalado

Responsável pela pesquisa e indicação dos jogadores a serem contratados, Zimmermann ressalta o criterioso processo da escolha de quem chega ao Bento Freitas para vestir a camisa do Brasil. “A marquem de erro aqui é bem pequena”, destaca. Seis jogadores já foram anunciados: os laterais Eder Sciola (direito) e Tiago Silva (esquerdo), os meias Lenílson e Aloísio; e o atacantes Jean Silva e Rodrigo Silva.

Zimmermann, 51 anos, natural de Porto Alegre, está há cinco temporadas no Brasil, porque os resultados sustentam sua permanência no clube, com prestígio elevado. Foi ele que recolocou o clube na primeira divisão em 2013; ganhou por duas vezes (2014 e 2015) o título do interior no Gauchão; e obteve acessos da Série D para a C; e da Série C para a B do Campeonato Brasileiro.

O discurso realista que caracteriza Zimmermann, o qual é seguido rigorosamente por todos no clube, aponta como meta principal a permanência na primeira divisão gaúcha. Depois, buscar vaga na Copa do Brasil de 2018.

2016

Oito resistiram todo Gauchão

Mais da metade dos clubes, que disputaram o Gauchão de 2016, não trocou de treinador. Dos oito que se classificaram para a segunda fase, o Novo Hamburgo foi o único que mudou o comando técnico no decorrer das 13 rodadas. Iniciou a competição com Gerson Gusmão e, depois, buscou o experiente Abel Ribeiro.

Os times que mantiveram o técnico foram: Grêmio (Roger Machado), Internacional (Argel Fucks), São José (China Balbino), Juventude (Antônio Carlos Zago), São Paulo (Hélio Vieira), Brasil (Rogério Zimmermann) e Veranópolis (Luís Carlos Winck).

Naturalmente quem está mal na tabela é que busca várias saídas para escapar do rebaixamento – e a primeira delas é mudar o treinador. Depois de perder os dois primeiros jogos, tomando sete gols, o Passo Fundo foi o primeiro a fazer mudança. Bem Hur Pereira foi demitido e chegou Paulo Porto no Vermelhão da Serra.

Bem Hur foi em seguida para o Cruzeiro, que começou o campeonato com Luís Antônio Zaular. O Glória teve inicialmente Clemer e depois Rodrigo Bandeira; o Lajeadense – Rodrigo Carpergiani, Edson Porto e o interino Serginho; e o Aimoré – Abel Ribeiro, depois Leandro Machado.

 Parente subiu da base

Parente subiu da base

Juventude aposta em Parente

Com a saída de Antônio Carlos Zago para o Internacional, o Juventude apostou numa medida “caseira”: promoveu o técnico do sub-20 para comandar a equipe no Gauchão. Paulo César Parente, 38 anos, foi campeão estadual de juniores em 2016, dirigindo o time caxiense. Ele terá agora sua primeira experiência numa equipe profissional.

Parente foi jogador de grandes clubes brasileiros – como Fluminense, Flamengo e Santos. O ex-lateral-direito começou sua preparação para a nova atividade como auxiliar-técnico, trabalhando no XV de Piracicaba e no Criciúma. Agora terá o desafio de treinar uma das principais equipes do Gauchão.

Winck conceito alto

Winck conceito alto

Caxias retorna com Winck

De volta à primeira divisão, depois do rebaixamento em 2015 e o acesso no ano seguinte, o Caxias mantém Luís Carlos Winck (54 anos) – um dos técnicos mais conceituados do interior gaúcho. O treinador chegou ao clube em setembro do ano passado para substituir Beto Campos (responsável pelo retorno do clube à primeira divisão, mas que saiu meses após o acesso).

Winck fez bons trabalhos no Passo Fundo e no Lajeadense em anos anteriores. Em 2016, a campanha dele no Veranópolis não correspondeu à expectativa. Realizou o suficiente para manter o clube serrano na primeira divisão. Já no Caxias, ele começou sua trajetória com o título da Copa Larry Pinto de Farias.

Moraes: nova geração

Moraes: nova geração

Ypiranga é a chance de Moraes

Por quatro anos e meio, o Ypiranga foi treinado por Leocir Dall’Astra. Foi o técnico que tirou o clube da segunda divisão gaúcha em 2014 e fez duas boas campanhas nas duas últimas edições do Gauchão. Também colocou o time de Erechim na Série C do Brasileiro. O ciclo de Leocir no Colosso da Lagoa se encerrou em setembro.

O escolhido para substituir o treinador, que fez história no clube, é Carlos Moraes, 40 anos. Esta é a grande chance na carreira do técnico, que começou na base do Juventude, passou pelo Pelotas (chegou a treinar o time principal em algumas partidas do Gauchão de 2012) e estava no Brasil de Farroupilha na Divisão de Acesso do ano passado.

China continua no São José

Quem acompanhou a carreira do zagueiro China jamais poderia imaginar que ele se tornaria um técnico de sucesso: estrategista, disciplinado, com conceito moderno de futebol e linguagem criativa. Dentro de campo, China Balbino era do tipo de zagueiro que se impunha pela força física e temperamento explosivo.

China: destaque de 2016

China: destaque de 2016

Jeverson Balbino, o China, 37 anos, assumiu o comando do São José no segundo semestre de 2015, quando Thiago Gomes se transferiu para o Sport a fim de ser auxiliar de Paulo Roberto Falcão. O treinador chamou a atenção no Gauchão do ano passado, quando o Zequinha fez a segunda melhor campanha da fase classificatória – atrás apenas do Grêmio.

Renato: status de ídolo

O Grêmio entra no Campeonato Gaúcho como principal favorito à conquista do título. O time é o mesmo que ganhou, em dezembro, o penta da Copa do Brasil. E ainda reforçado. A contratação de um centroavante é a prioridade. A vaga deve ser preenchida pelo uruguaio Gabriel Fernández, que se destacou pelo Racing no ano passado. Mas a grande estrela do Tricolor é o treinador Renato Gaúcho, que recuperou todo o seu prestígio ao dar o clube um título que era perseguido há 15 anos.

Renato recuperou prestígio com a conquista do penta da Copa do Brasil

Renato recuperou prestígio com a conquista do penta da Copa do Brasil

Renato retornou ao Grêmio em setembro de 2016 para substituir Roger Machado – responsável pela formação tática da atual equipe gremista. Maior ídolo tricolor como jogador, o ex-atacante entra também para a história do clube como técnico. Foi ele que ganhou o primeiro título da era Arena. A renovação de contrato no final do ano foi festejada como a grande contratação para a temporada de 2007, quando o Grêmio prioriza a reconquista da América.

Para firmar a imagem de vencedor, o Grêmio quer também recuperar a hegemonia estadual, já que não ganha o Gauchão de 2010. Esta é a terceira vez que Renato passa pelo cargo de treinador do Grêmio. A primeira foi em 2010/2011 e, a segunda, em 2013. Antes de voltar para Porto Alegre, o treinador estava há quase dois anos sem clube – apenas jogando futvôlei nas praias do Rio de Janeiro.

Renato Portaluppi, 54 anos, já um treinador experiente, porque a primeira oportunidade na carreira foi em 1996, quando era ainda jogador do Fluminense. Mas se tornou técnico para valer em 2000 no Madureira.

Antônio Carlos tem grande chance, mas um enorme desafio

Antônio Carlos tem grande chance, mas um enorme desafio

Inter confia a Antônio Carlos tarefa de reconstruir equipe

A diretoria do Internacional – eleita em dezembro – confiou a Antônio Carlos Zago, 47 anos, a dura missão de reconstruir a equipe, após o inédito rebaixamento do clube no Campeonato Brasileiro. O treinador fez bom trabalho no Juventude em 2016, levando a equipe serrana ao vice-campeonato gaúcho (perdeu o título justamente para o Inter), à fase de quartas de final da Copa do Brasil e ao acesso à Série B do Brasileiro. Esses resultados assegurados por equipe bem treinada e equilibrada.

O Inter é a grande chance de Zago, mas o treinador recebe essa oportunidade no momento mais complicado do clube. A pressão será intensa e o Colorado está sem dinheiro para promover a prometida (e necessária) reforma do elenco. O único reforço garantido para 2017 é D’Alessandro, que retorna do período de empréstimo de um ano ao River Plate. A liderança do meia argentino representa algo positivo para melhorar o astral dos colorados, depois de um ano vexatório com a queda para Série B.

Antônio Carlos Zago promete uma equipe “brigadora” dentro de campo. “Não brigar pela bola e não dividir me deixam louco. Ninguém é obrigado a jogar bem, mas são obrigados a correr, a se dedicar”, disse recentemente o treinador em entrevista à imprensa de Porto Alegre. A temporada do Inter começa na quarta-feira. O clube abriu mão de participar de torneio nos Estados Unidos para poder fazer uma preparação mais adequada aos desafios do ano.

Beto pensa nas quartas

Beto pensa nas quartas

Beto Campos treina Nóia

O técnico campeão da Divisão de Acesso de 2016, no Caxias, irá treinar o Novo Hamburgo no Campeonato Gaúcho. Ele foi contratado no final do ano passado. Aos 52 anos, Beto Campos é um dos treinadores “rodados” do Rio Grande do Sul, passando por muitas equipes. Falta emplacar uma boa campanha na primeira divisão.

O treinador chegou ao Estádio do Vale com a pretensão de colocar o Novo Hamburgo entre os oito times que passam para as quartas de final do Gauchão, mas não pode se descuidar da ponta de baixo da tabela. “A diferença de pontos para escapar do rebaixamento e se classificar é pequena”, alerta.

Gilson: missão no SP

Gilson: missão no SP

Gilson é aposta do São Paulo

O São Paulo escapou do rebaixamento nos dois últimos anos. Em 2016 chegou à fase de quartas de final, quando foi eliminado pelo Internacional. Para continuar surpreendendo (e, sobretudo, se mantendo na primeira divisão), o clube de Rio Grande contratou o técnico Gilson Maciel, o Gilson “Cabeção”.

Depois de encerrar a carreira de jogador (centroavante goleador), Gilson foi auxiliar-técnico por vários anos – até arriscar a carreira solo. Seu bom trabalho no Gauchão foi no São José em 2015. O treinador montou um grupo experiente na Linha do Parque.

Página 3 foto 5Cruzeiro

O Cruzeiro escapou do rebaixamento em 2016 na última rodada do Campeonato Gaúcho, quando venceu o Veranópolis por 1 a 0 no Antônio David Farina. O treinador do time era Bem Hur Pereira, 52 anos. O mesmo que irá comandar a equipe nesta temporada, quando o time porto-alegrense (vai mandar seus jogos em Gravataí) espera ter uma campanha menos sofrida.

Depois do Gauchão passado, Ben Hur Pereira treinou o Novo Hamburgo no segundo semestre, mas agora ele está de volta ao Cruzeiro – clube o qual que ele colocou na primeira divisão em 2010.

Página 3 foto 6Passo Fundo

Paulo Porto, 65 anos, é o treinador mais velho dos 12 que vão trabalhar no Campeonato Gaúcho. A carreira começou no Taquariense em 1998. Já foi o técnico mais cobiçado do interior, com premiações de melhor do ano em 2006 pelo Veranópolis e 2008 pelo Inter de Santa Maria. Sua relação com o Passo Fundo começou na terceira rodada do Gauchão de 2016, quando foi contratado para substituir Bem Hur Pereira.

Com a experiência do comandante e um grupo bastante alterado em relação passado, o Passo Fundo espera fazer boa campanha, dando prioridade à permanência na primeira divisão.

página 3 foto 7Veranópolis

Dos times do interior (exceção ao Juventude), o Veranópolis é que está por mais tempo ininterrupto na primeira divisão. Está disputando o Gauchão desde 1994. É verdade que andou correndo susto nas nos últimos anos, mas conseguiu se afastar do risco de rebaixamento. Para voltar a ser protagonista no interior, o VEC contratou Tiago Nunes, 37 anos, que faz parte do grupo de treinadores “discípulos” de Tite.

Tiago Nunes recebe a primeira chance num time da primeira divisão no Campeonato Gaúcho. No segundo semestre do ano passado, ele dirigiu o São Paulo de Rio Grande.

 

 

 

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