O BATUTA: Centro musical inova no aprendizado
Escola “O Batuta” concilia encontros presenciais com orientação e aulas através de plataforma em ambiente digital
Por Carlos Cogoy
Violão, guitarra, cavaquinho, piano, harmonia e teoria musical. Cursos oferecidos pelo músico e professor Darlan Freitas, que há menos de um ano está radicado em Pelotas. Há poucos meses ele começou as atividades do Centro Musical “O Batuta” – rua Gomes Carneiro 870. O espaço já conta com quase vinte alunos, núcleo em Caçapava – cidade natal de Darlan -, e no próximo mês iniciará turma em Rio Grande. Darlan acrescenta que está oferecendo na escola, metodologia que desenvolveu para o Conservatório Beethoven – há mais de meio século em atividade em São Paulo. E salienta que, em dezembro, estará se desligando totalmente do Conservatório paulistano. Com isso, perspectiva de ampliar a divulgação do projeto em Pelotas. O diferencial, conforme frisa, é que além do encontro presencial o aluno, seja qual for o instrumento, também é motivado ao aprendizado da teoria musical. Outro aspecto é a plataforma disponibilizada, com vídeo aulas acessíveis on-line mediante ‘login’ e senha do aluno. Informações podem ser obtidas no Centro Musical das 9h às 18h, ou nos fones: 8478.7512; 9930.1150; 8435.5154. Na internet: obatuta.com
TRAJETÓRIA – Darlan lembra que, em Caçapava, brincava de percussão no início da adolescência. Ele acompanhava o irmão numa escola de samba da cidade. Na sequência, aprendizado de piano, baixo, bandolim e violão. Adulto, dez anos fora do Estado, residiu em Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo. Na trajetória, atividades como arranjador, instrumentista e direção musical em estúdio de gravação. No Conservatório Beethoven, conforme menciona, é o autor do material de “harmonia e teoria musical”. A vinda para Pelotas decorre de compromisso profissional da esposa, que ingressou na docência na UFPel. E Darlan, também na UFPel, passou a estudar no curso de composição.
METODOLOGIA – Aprendizado do violão, observa Darlan, muitas vezes ainda tem como base proposta limitada e ultrapassada. A exemplo, o dedilhar para “tirar” determinada música. O processo pode demorar e não possibilita fluência na dinâmica com o instrumento. Diante disso, ele então definiu que, ao orientar sobre algum instrumento, também inclui a teoria musical. Então, o aprendizado, que propõe metas ao aluno, evoluindo na técnica ao invés da repetição de notas, apresenta tanto a execução quanto a teoria musical, destacando-se o exercício da “percepção auditiva”. O conteúdo é treinamento, afirma, que favorece o desenvolvimento de competências como a leitura de partituras. “Nossa didática situa o professor como inventor de possibilidades”, acrescenta.
INTEGRAÇÃO é grupo de instrumentistas e cantores que periodicamente ensaia no centro musical. São músicos de diferentes igrejas que, além da orientação técnica, também recebem arranjos de Darlan.
DUNAS – Numa visita ao Mercado das Pulgas no Mercado Central, Darlan avistou grupo de instrumentistas. Jovens entre catorze e 21 anos que, com percussão e sopro, tocavam no sábado à tarde. Ele conheceu a iniciativa e soube que são moradores do Loteamento Dunas. Assim, propôs que o grupo dispusesse de “bolsa” para o aprendizado de teoria musical, ampliando as perspectivas através da leitura de arranjos e pautas.